O ministro do Interior nigeriano, Rauf Aregbesola, avançou a informação no final de uma reunião de segurança realizada em Abuja e que foi liderada pelo Presidente, Muhammadu Buhari, segundo noticiaram os 'media' nigerianos.
Caso a autoria do ataque mortal seja confirmada, este será o primeiro golpe dos extremistas islâmicos nesta região da Nigéria, o que representa uma expansão para além do nordeste, onde este grupo terrorista costuma atuar, nos estados de Borno, Adamawa e Yobe.
Rauf Aregbesola explicou, no entanto, que as forças de segurança ainda estão a investigar e a rastrear os autores do ataque e que ainda não foram feitas detenções.
O ataque resultou em 40 mortos e cerca de 90 feridos, sendo que alguns permanecem hospitalizados, referiu na segunda-feira o governador do estado, Oluwarotimi Akeredolu.
Homens armados não identificados disfarçados de membros da congregação dispararam tiros e utilizaram explosivos no ataque contra a igreja, disse a polícia.
"Os pistoleiros, com base em investigações preliminares, invadiram a igreja com armas e materiais suspeitos de serem explosivos", disse Olumuyiwa Adejobi, porta-voz da polícia, num comunicado.
"Os investigadores policiais que fizeram parte dos socorristas que chegaram primeiro à cena recuperaram casquilhos de munição de AK-47 [espingardas], enquanto os Dispositivos de Artefactos Explosivos-Químicos, Biológicos, Radiológicos e Explosivos Nucleares confirmaram o uso de explosivos", acrescentou Adejobi.
De acordo com os 'media' locais, grande parte das vítimas eram crianças e mulheres.
O atentado foi condenado pelas autoridades nigerianas, enquanto o Papa Francisco lamentou na segunda-feira o incidente e rezou pela "conversão daqueles que estão cegos pelo ódio e pela violência", anunciou o Vaticano.
A Nigéria sofre ataques incessantes de bandidos e raptos em massa para obter resgates lucrativos, mas estes tendem a ocorrer no centro e noroeste do país, tornando invulgar o massacre da igreja no sudoeste do país.
A esta insegurança junta-se a ameaça terrorista que atinge o nordeste do país desde 2009, causada pelo grupo Boko Haram e, desde 2015, pela sua fação Iswap.
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