"Aspiramos alcançar uma presença consolidada no flanco leste, unida e coerente, robusta, credível e sustentável, especialmente no mar Negro, que está mais exposto à ameaça da Rússia", explicou o Presidente da Roménia, Klaus Iohannis, no fim da cimeira que os nove países realizaram hoje em Bucareste.
Iohannis, que copresidiu à reunião juntamente com o seu homólogo polaco, Andrzej Duda, salientou também a necessidade de "a Aliança poder defender cada centímetro do seu território", pelo que exortou os aliados a intensificarem a presença de tropas na fronteira oriental da NATO.
Tanto Iohannis quanto Duda explicaram que, juntamente com os demais líderes que participaram no encontro do chamado B-9 -- Polónia, Roménia, Estónia, Letónia, Lituânia, República Checa, Eslováquia, Hungria e Bulgária -, levarão as suas conclusões à cimeira da NATO, agendada os dias 29 e 30 de junho em Madrid.
O Presidente polaco anunciou que o B-9 vai pedir à NATO que eleve à categoria de batalhão os grupos de combate que já estão colocados no flanco leste, o que significaria aumentar o número total de militares de cada um dos quatro grupos de 1.000 para 3.000.
"Queremos passar de uma presença avançada para uma defesa avançada", reforçou Duda.
Desde 2017 que a NATO tem quatro grupos de batalha multinacionais na Polónia, Estónia, Lituânia e Letónia.
Após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro passado, a Aliança enviou um grupo de batalha adicional, liderado pela França, para a Roménia.
Na cimeira, os nove países do flanco leste da Aliança também confirmaram o seu apoio à Ucrânia face à agressão russa que está a sofrer e a combater, bem como à Suécia e à Finlândia na sua aspiração de aderir à NATO.
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