Presidente da Nigéria promete votação "livre" nas presidenciais

O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, prometeu hoje, durante o aniversário do retorno à democracia do país mais populoso de África, que as eleições presidenciais marcadas para 2023 serão "livres", "seguras" e "transparentes".

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Lusa
12/06/2022 11:42 ‧ 12/06/2022 por Lusa

Mundo

Nigéria

"Sei que muitos estão preocupados com o aumento da insegurança devido a atividades terroristas em algumas partes do país. O Governo está a trabalhar 'duro' para (...) garantir que as eleições gerais de 2023 sejam seguras", disse Buhari durante a reunião e num discurso transmitido na televisão local.

Muhammadu Buhari prometeu "um processo eleitoral livre, justo e transparente".

"Compatriotas nigerianos, o vosso direito de escolher o vosso Governo será preservado e protegido", acrescentou.

Com o lançamento oficial da campanha presidencial e com os principais partidos a apresentarem o seu candidato, o chefe de Estado lançou um apelo à unidade.

"Devemos manter uma atitude razoável durante a campanha e as eleições. Este momento não deve ser interpretado como de 'fazer ou morrer'. Democracia é que o povo possa expressar a sua vontade. Deve haver vencedores e vencidos", sublinhou Buhari, por ocasião do Dia da Democracia.

Sob críticas por um histórico considerado catastrófico, Muhammadu Buhari está a terminar um segundo mandato.

Após anos de ditaduras militares, a Nigéria voltou à democracia em 1999, embora persistam problemas de insegurança, pobreza extrema, corrupção endémica e clientelismo.

O país é palco de uma insurgência jihadista de mais de 10 anos no nordeste, gangues criminosos no noroeste e centro, bem como distúrbios separatistas no sudeste.

A maior economia da África, enfraquecida pelo impacto da pandemia da covid-19, está agora também a sofrer as consequências da guerra na Ucrânia com o aumento dos preços dos combustíveis e alimentos em todo o continente.

O ex-governador de Lagos Bola Tinubu, bem como o ex-vice-presidente Atiku Abubakar foram nomeados, respetivamente, para o Partido do Congresso dos Progressistas (APC) e o principal partido da oposição, o Partido Democrático Popular (PDP).

Em causa estão dois homens muito controversos: ambos estão na casa dos 70, extremamente ricos e que já foram acusados de corrupção em várias ocasiões.

Desde que voltou ao regime civil, a Nigéria realizou seis eleições nacionais, algumas delas marcadas por fraudes, dificuldades técnicas, violência e questões legais.

Leia Também: Nigéria. Libertadas 11 pessoas sequestradas em ataque a comboio em março

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