China diz que libertou sob fiança colaboradora da Bloomberg em Pequim

Uma colaboradora da Bloomberg News na China foi libertada sob fiança, informou a agência de notícias norte-americana, ao fim de mais de um ano sob detenção, por suspeitas de colocar em risco a segurança nacional.

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Lusa
15/06/2022 09:09 ‧ 15/06/2022 por Lusa

Mundo

Haze Fan

A Bloomberg citou a embaixada chinesa em Washington, mas ressalvou que não conseguiu entrar em contacto com Haze Fan, que foi detida em Pequim, em dezembro de 2020.

O Ministério de Segurança Pública da China disse que Fan foi libertada sob fiança, em janeiro, e que aguarda julgamento, de acordo com o comunicado difundido no portal da embaixada chinesa. A Bloomberg disse que tomou conhecimento desta informação no fim de semana.

As acusações envolvendo a segurança nacional são vagas e frequentemente usadas contra dissidentes e críticos do regime chinês, podendo resultar em longas detenções, com pouco acesso a assistência jurídica.

"Estamos encorajados pelo facto de Haze estar livre sob fiança", disse John Micklethwait, editor-chefe da Bloomberg. "É um membro muito valioso do nosso escritório em Pequim e continuaremos a fazer tudo o possível para a ajudar".

Fan começou a trabalhar para a Bloomberg em 2017, após passar por outros órgãos de notícias estrangeiras na China.

A sua detenção ocorreu depois de, em agosto de 2020, ter sido detida a jornalista Cheng Lei, de nacionalidade australiana, mas nascida na China, e que trabalhava para a CGTN, o braço internacional da televisão estatal CCTV.

Cheng foi julgada a portas fechadas, em março. O veredito não foi anunciado.

O comunicado da Embaixada da China negou que o caso de Fan esteja relacionado com a liberdade de imprensa ou com o seu trabalho para órgãos de imprensa estrangeiros na China.

Leia Também: BBC expõe vídeos racistas com crianças vendidos em redes sociais na China

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