Hulusi Akar afirmou aos jornalistas, na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas, que "o apoio político e financeiro sueco e finlandês a grupos terroristas, a sua ajuda armamentista (...) também são uma ameaça para a NATO".
"Em operações no norte do Iraque e na Síria capturámos um grande número de armas antitanque AT-4 fabricadas na Suécia usadas por terroristas", disse Akar, citado pela agência de notícias oficial turca Anadolu.
"Divulgámos as fotos e números de série durante as nossas reuniões", acrescentou o ministro turco sobre as conversas recentes com autoridades da Suécia e da Finlândia.
Akar lembrou ainda que seguidores de grupos curdos considerados terroristas pela Turquia, como as Unidades de Proteção Popular (YPG) e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), costumam manifestar-se nas ruas da Finlândia e da Suécia.
"Consideramos que dar todo o tipo de apoio a organizações terroristas e depois exigir a participação na NATO como aliada é uma grande inconsistência", sustentou.
Akar exigiu, por outro lado, que a NATO levantasse as restrições impostas à Turquia em relação à cooperação na indústria militar.
"Sublinhamos que essas restrições também prejudicam a NATO e são incompatíveis com o espírito da Aliança", concluiu o ministro, referindo-se ao facto de os Estados Unidos terem expulsado a Turquia do programa de desenvolvimento dos caças F-35 em 2019 por ter adquirido o sistema de mísseis russos S-400.
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