Washington pede justiça pela morte de jornalista e ativista na Amazónia
Os Estados Unidos exigiram esta sexta-feira que seja apurada a responsabilidade pela morte de um jornalista britânico e de um ativista brasileiro, que terão sido assassinados na selva amazónica, manifestando apoio aos defensores da floresta tropical.
© EVARISTO SA/AFP via Getty Images
Mundo Morte
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, endereçou as condolências à família do jornalista Dom Phillips e do ativista brasileiro Bruno Araújo Pereira, referindo que estes foram "assassinados devido ao seu apoio à preservação da floresta tropical e dos povos indígenas".
"Pedimos responsabilidade e justiça. Devemos intensificar coletivamente os nossos esforços para proteger os defensores do meio ambiente e os jornalistas", destacou ainda, numa mensagem divulgada através da rede social Twitter.
O duplo homicídio ocorreu dias depois do Presidente dos EUA, Joe Biden, ter realizado uma reunião com o homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro.
O desaparecimento dos dois homens reavivou as críticas contra o chefe de Estado brasileiro, acusado de incentivar as invasões de terras indígenas com os seus discursos a favor da exploração dos recursos da maior floresta tropical do mundo.
As autoridades brasileiras revelaram hoje que acreditam que os responsáveis pela provável morte do jornalista e ativista na Amazónia "agiram sozinhos", numa altura em que admitem que vai haver mais detenções.
As autoridades confirmaram também hoje que os restos humanos, no local onde um dos principais suspeitos confessou ter assassinado Dom Phillips e o ativista brasileiro Bruno Araújo Pereira, são do jornalista britânico.
Na quarta-feira à noite, as autoridades encontraram restos humanos no local, numa zona remota da Amazónia.
Os corpos chegaram na quinta-feira à noite a Brasília num avião da Polícia Federal.
Phillips e Araújo desapareceram em 05 de junho quando navegavam num rio no Vale do Javari, uma região de selva perto das fronteiras do Brasil com o Peru e a Colômbia, onde tinham viajado para recolher material para um livro em que o jornalista estava a trabalhar sobre as ameaças enfrentadas pelos indígenas na região.
As duas pessoas detidas até agora são dois irmãos pescadores da região que Bruno Araújo já tinha denunciado por praticarem pesca ilegal em zonas proibidas, como reservas indígenas.
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