Ministros europeus vão reunir-se para discutir bloqueio russo aos cereais

Isto acontece numa altura em que a União Europeia tem vindo a apoiar os esforços da Organização das Nações Unidas (ONU) para intermediar um acordo com o objetivo de retomar as exportações marítimas da Ucrânia.

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Notícias ao Minuto
20/06/2022 08:15 ‧ 20/06/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia irão discutir, numa reunião a decorrer no Luxemburgo esta segunda-feira, formas de libertar os milhões de toneladas de cereais retidos na Ucrânia devido ao bloqueio dos portos no Mar Negro, provocado pela Rússia, está a noticiar o The Guardian.

A Ucrânia é um dos principais fornecedores de trigo a nível mundial, embora os seus carregamentos de cereais tenham estagnado e mais de 20 milhões de toneladas tenham ficado retidas em silos desde que a Rússia invadiu o país e bloqueou os seus portos.

Isto acontece numa altura em que a União Europeia tem vindo a apoiar os esforços da Organização das Nações Unidas (ONU) para intermediar um acordo com o objetivo de retomar as exportações marítimas da Ucrânia. Em troca, a entidade promete facilitar as exportações russas de alimentos e fertilizantes - embora tudo isto necessite da 'luz verde' de Moscovo.

A Turquia, que tem mostrado ser capaz de manter boas relações com ambas as partes - Kyiv e Moscovo - disse ainda estar pronta para assumir um "mecanismo de observação" baseado em Istambul, caso este acordo venha mesmo a existir.

Por outro lado, não ficou ainda claro se a União Europeia estaria disposta a envolver-se de forma a assegurar militarmente um pacto desta natureza. "Se no futuro haverá necessidade de escoltar estes navios comerciais, isso é um ponto de interrogação e penso que ainda não estamos lá", respondeu, a este propósito, um funcionário do bloco europeu, aqui citado pela Reuters.

Com o bloqueio do Mar Negro aos navios ucranianos, a Rússia está a impedir as exportações a partir dos portos da Ucrânia, país que é um dos maiores produtores mundiais de cereais, o que está a provocar receios de uma crise alimentar global.

Leia Também: Ocidente pede à Rússia abertura de portos ucranianos em breve

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