Força Aérea russa com "desempenho inferior ao esperado", diz Reino Unido

Segundo os serviços secretos britânicos, "grande parte da formação russa em combate aéreo tem sido provavelmente muito bem planeada e concebida" para apenas "impressionar os oficiais superiores" durante os últimos anos.

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Notícias ao Minuto
20/06/2022 08:46 ‧ 20/06/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O Ministério da Defesa do Reino Unido já deu a conhecer a mais recente atualização dos combates no terreno, fornecida pelos serviços secretos. O mesmo dá conta de que as "operações aéreas táticas e terrestres russas permaneceram centradas no setor central do Donbass durante o fim-de-semana".

"No conflito até à data, a Força Aérea russa tem tido um desempenho inferior ao esperado. A sua incapacidade de perpetrar ameaças aéreas de forma consistente é provavelmente um dos fatores mais importantes por detrás do êxito muito limitado da campanha russa", refere a mesma atualização.

Isto porque a Força Aérea russa tem sido incapaz de "ganhar total superioridade aérea e tem operado num estilo prejudicial ao risco, raramente penetrando profundamente atrás das linhas ucranianas". Segundo o Reino Unido, "algumas das causas subjacentes às suas dificuldades ecoam as das forças terrestres russas", acrescenta o documento.

Isto porque, de acordo com os serviços secretos britânicos, "grande parte da formação russa em combate aéreo tem sido provavelmente muito bem planeada e concebida para impressionar os oficiais superiores" durante os últimos anos, "em vez de se desenvolver uma iniciativa dinâmica entre as tripulações aéreas".

"Embora a Rússia tenha uma lista impressionante de jatos de combate relativamente modernos e capazes, a Força Aérea também quase certamente não conseguiu desenvolver a cultura institucional e os conjuntos de habilidades necessários para o seu pessoal satisfazer a aspiração russa de realizar uma campanha aérea moderna de estilo mais próximo do ocidental", aponta ainda o Ministério da Defesa britânico.

Tal "levou a que um peso de esforço maior do que o planeado sobrasse para as tropas terrestres, que se estão a esgotar; e para os mísseis de cruzeiro avançados, cujos stocks estão provavelmente a acabar".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que mereceu a condenação de grande parte da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição de sanções à Rússia.

Leia Também: Ministros europeus vão reunir-se para discutir bloqueio russo aos cereais

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