O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou as tropas russas de levarem a cabo, esta segunda-feira, um ataque com recurso a mísseis que atingiu um centro comercial na cidade ucraniana de Kremenchuk, na região de Poltava, onde se encontravam milhares de pessoas.
Através de uma publicação na rede social Telegram, o chefe de Estado ucraniano destacou que mais de 1.000 pessoas estavam no centro comercial na altura do ataque, embora não tenha divulgado imediatamente dados relativos a vítimas.
"O local está em chamas, os bombeiros estão a combater o fogo, o número de vítimas é impossível de imaginar", referiu Zelensky, a este propósito.
Porém, segundo o mais recente balanço, oferecido pelo governador regional de Poltava, Dmytro Lunin, na rede social Telegram, o ataque terá já resultado na morte de, pelo menos, 13 pessoas, sendo que outras 50 pessoas terão ficado feridas (29 das quais acabariam por receber tratamento hospitalar).
A mesma fonte acrescentou ainda que é demasiado cedo para falar de uma contagem final de mortos, numa altura em que as equipas de resgate continuam as buscas entre os escombros. "É um ato de terrorismo contra civis", considerou ainda Dmytro Lunin.
Após este ataque, Volodymyr Zelensky fez ainda questão de salientar que é "inútil esperar da Rússia decência e humanidade". Isto porque, segundo o presidente da Ucrânia, o ataque foi levado a cabo sobre um local que não apresentava "nenhum perigo para o exército russo. Nenhum valor estratégico".
Antes destas declarações, já o autarca da cidade, Vitalii Maletskyi, tinha recorrido ao Facebook para dar conta de que existiam já "mortos e feridos" confirmados na sequência deste ataque russo. "O ataque com mísseis em Kremenchuk atingiu um lugar muito lotado que é 100% irrelevante para as hostilidades. Há mortos e feridos. Racistas, ardam no inferno!", escreveu a mesma fonte.
Kremenchuk, que antes da invasão russa tinha um total de 217.000 habitantes, é uma cidade industrial que serve de base à maior refinaria de petróleo da Ucrânia.
[Notícia atualizada às 21h45]
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