A Turquia retirou o veto à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO, depois de ter sido assinado um memorando de entendimento que responde às preocupações do governo turco sobre aqueles dois países nórdicos acolherem membros de grupos "terroristas" de ativistas curdos.
A informação foi confirmada pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que explicou que "existe um acordo que permite que a Finlândia e Suécia adiram à NATO".
"A Finlândia e a Suécia tornarão a NATO mais forte", afirmou Stoltenberg em conferência de imprensa no final de uma reunião entre as partes à margem da cimeira.
Antes disso, o presidente finlandês Sauli Niinistö já tinha adiantado que os três países tinham chegado a acordo neste primeiro dia de negociações da cimeira da aliança em Madrid.
Citado pela Reuters, Niinistö disse que houve uma abertura nas negociações para que os três países assinem um acordo que "estenda o seu apoio total contra as ameaças à segurança de cada um".
Quando as primeiras-ministras sueca e finlandesa anunciaram uma candidatura, em conjunto, à aliança, a Turquia mostrou imediatamente várias reservas e ameaçou vetar a entrada dos dois países.
O regime de Erdogan acusava a Suécia de albergar militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização que Ancara considera terrorista. Ancara exigia também o levantamento dos bloqueios à exportação de armas por Estocolmo e Helsínquia após a intervenção militar da Turquia no norte da Síria em outubro de 2019, o endurecimento da legislação antiterrorista sueca e a extradição de várias pessoas que descreve como terroristas.
O Presidente finlandês afirma, no comunicado que divulgou hoje, que a Finlândia tem levado em consideração, de forma permanente e séria, as preocupações turcas "sobre a ameaça terrorista" e "condena o terrorismo em todas as suas formas e manifestações".
"Como membro da NATO, a Finlândia comprometer-se-á plenamente com os documentos e políticas de combate ao terrorismo da NATO", acrescenta.
[Notícia atualizada às 20h53]
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