Foram acusados dois homens da morte de 51 migrantes encontrados dentro de um atrelado de um camião em San Antonio, no Texas, nos Estados Unidos da América (EUA), número que inicialmente se pensava ser 46.
Após terem sido feitas queixas ao Tribunal Distrital dos EUA, no Distrito Ocidental do Texas, na segunda-feira, Juan Claudio D'Luna-Mendez e Juan Francisco D'Luna-Bilbao foram acusados de "posse de arma por uma pessoa ilegal nos Estados Unidos", avança a CNN, relevando que as autoridades conseguiram localizar os homens depois de responderem ao incidente.
"Os oficiais investigaram a matrícula do atrelado do camião no Texas e encontraram uma residência, em San Antonio, como endereço registado do camião com registos de veículos motorizados", pode ler-se numa declaração da polícia.
Ao vigiar a propriedade, o Departamento de Polícia de San Antonio "observou um Ford F-250 a deixar a residência com um único homem hispânico a conduzir" que, de acordo com a polícia, era D'Luna-Bilbao com uma arma de fogo.
Na mesma casa, as autoridades viram outro camião conduzido por D'Luna-Mendez, ambos cidadãos mexicanos que vivem ilegalmente nos Estados Unidos.
Quanto a este incidente, o presidente dos EUA, Joe Biden, comentou: "A minha administração continuará a fazer todos os possíveis para impedir que contrabandistas e traficantes de seres humanos se aproveitem de pessoas que procuram entrar nos Estados Unidos".
Esta poderá ser já a travessia ilegal de migrantes do México para os Estados Unidos com o maior número de vítimas mortais das últimas décadas, referiu a agência de notícias Associated Press.
Dez migrantes perderam a vida em 2017, depois de terem ficado presos dentro de um camião estacionado num estabelecimento da cadeia comercial Walmart, em San Antonio. Também em 2003, 19 emigrantes foram encontrados mortos num camião no mesmo local.
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