Segundo o comunicado do conselho de ministros, divulgada por Downing Street, Johnson disse que não pretende adotar novas políticas importantes ou mudanças de rumo antes de deixar a chefia do executivo.
"Ele disse que as grandes decisões orçamentais devem ser deixadas ao próximo primeiro-ministro", de acordo com o comunicado, citado pela agência francesa AFP.
O executivo "irá agora concentrar-se na agenda" que levou à sua eleição, em 2019.
Também terá como prioridade "certificar-se de que o Governo está do lado do povo, dos custos energéticos, dos transportes e da habitação e de todas as questões que lhe dizem respeito".
O sucessor de Johnson herdará questões económicas como a inflação a níveis recorde, o risco de recessão e as consequências da saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
A nível interno, terá também de lidar com pedidos de elementos do próprio partido para reduzir impostos cobrados a indivíduos e a empresas, após um recente aumento das contribuições para a segurança social e um aumento planeado do imposto sobre as empresas no próximo ano.
O novo primeiro-ministro terá ainda de lidar com as consequências económicas da guerra na Ucrânia e a relação com a Rússia, que iniciou o conflito ao invadir o país vizinho em 24 de fevereiro.
Boris Johnson, 58 anos, anunciou hoje a demissão da liderança do Partido Conservador, mas disse que permanecerá como primeiro-ministro até ser substituído na chefia do partido.
"É claramente a vontade do Partido Conservador que haja um novo líder e, portanto, um novo primeiro-ministro", disse Johnson, numa declaração ao país.
A demissão do líder conservador ocorreu após a saída de dezenas de membros do seu executivo nas últimas 48 horas.
No comunicado divulgado hoje à tarde, também citado pela agência espanhola EFE, o gabinete do primeiro-ministro disse que Johnson abriu a reunião dando as boas-vindas "aos que regressavam e aos que se juntavam a ele pela primeira vez".
Trata-se de uma referência aos ministros que Johnson nomeou hoje, antes mesmo de anunciar a demissão da liderança do Partido Conservador.
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