"[Assinalamos] vinte e sete anos após o genocídio de Srebrenica (na Bósnia-Herzegovina), um dos momentos mais sombrios da história europeia moderna. Os nossos corações e pensamentos estão com as vítimas e as suas famílias", indicou Charles Michel na rede social Twitter.
Para o político belga e presidente do Conselho Europeu, "este trágico aniversário" é um lembrete de que "devemos continuar a trabalhar juntos pela paz na Europa e para que a Bósnia-Herzegovina faça parte da UE".
27 years since #Srebrenica genocide, one of the darkest moments in modern European history.
— Charles Michel (@CharlesMichel) July 11, 2022
Our hearts & thoughts are with the victims & their families.
This tragic anniversary is also a reminder: we must keep working together for peace in Europe & for 🇧🇦 to become part of 🇪🇺 pic.twitter.com/nZ6iJs81k4
No domingo, numa declaração conjunta, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e o comissário europeu responsável pela política europeia de alargamento, Olivér Várhelyi, asseguraram que "a Europa não esqueceu o que aconteceu em Srebrenica" e "a sua própria responsabilidade por não ter sido capaz de prevenir e parar o genocídio".
"Em Srebrenica, a Europa falhou e enfrentamos a nossa vergonha", disseram.
Mesmo 27 anos depois, Borrell e Várhelyi acrescentaram que não é possível "dar a paz como garantida", pois "a segurança e a estabilidade da Europa e a ordem internacional baseada em regras estão profundamente abaladas" pela invasão russa na Ucrânia, desencadeada a 24 de fevereiro.
Mais de 8.000 muçulmanos bósnios foram mortos depois das forças do Exército Bósnio da Sérvia, sob comando do general Ratko Mladic, terem conquistado a cidade de Srebrenica, município no leste da Bósnia-Herzegovina, em julho de 1995, poucos meses antes do fim da guerra civil bósnia, num crime que foi classificado como genocídio pela justiça internacional.
As forças de Ratko Mladic entraram na cidade a 11 de julho de 1995 e, após negociarem com as forças de manutenção da paz das Nações Unidas (Força de Proteção das Nações Unidas - UNPROFOR) a retirada da área, terão executado mais de 8.000 homens, adultos e jovens. As mulheres e raparigas foram transferidas, após árduas negociações com a ONU, para território bósnio.
O líder militar foi condenado a prisão perpétua pelo Tribunal penal Internacional para a ex-Jugoslávia pelo massacre e outros crimes cometidos na guerra da Bósnia, que de 1992 a 1995 opôs muçulmanos, sérvios e croatas bósnios.
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