"Esta decisão compromete seriamente a soberania e os interesses de segurança da China", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, declarando-se "firmemente contra" a medida norte-americana.
A Casa Branca anunciou que ia enviar "bens e serviços" militares para "prestar assistência a Taiwan" no valor de 571 milhões de dólares (548 milhões de euros), um mês antes do fim do mandato do Presidente Joe Biden.
Em setembro, Biden tinha aprovado uma ajuda de 567 milhões de dólares (544 milhões de euros).
Na sexta-feira, o Departamento de Estado afirmou ter aprovado a venda de equipamento militar no valor de 295 milhões de dólares (282 milhões de euros) à ilha, governada autonomamente desde 1949.
A diplomacia chinesa condenou a ação como uma "violação do princípio 'Uma só China'".
Washington é, desde há muito, o aliado mais importante de Taipé e o maior fornecedor de armas, desencadeando protestos de Pequim, que reivindica Taiwan como parte do seu território.
Pequim intensificou a pressão militar e política sobre Taipé nos últimos anos, enviando regularmente navios de guerra e aviões de combate para a zona em redor de Taiwan.
Na semana passada, Taipé afirmou que a China tinha efetuado um grande destacamento naval nas imediações da ilha, referindo a presença de "perto de 90" navios. Pequim não confirmou este destacamento.
Os EUA atribuíram vários milhares de milhões de dólares de ajuda a Taiwan, um arquipélago de 23 milhões de habitantes.
Nas últimas cinco décadas, os EUA venderam milhares de milhões de dólares de equipamento militar e munições a Taiwan, incluindo caças F-16 e navios de guerra.
Leia Também: China considera prisão de Guantánamo como "ferida aberta" pelos EUA