Em declarações à agência EFE, esta segunda-feira, Iglésias referiu as gravações de Ferreras e do ex-comissário Vilarejo em que o jornalista duvida das informações sobre supostos pagamentos a Pablo Iglésias por parte do regime venezuelano num paraíso fiscal que, apesar disso, foi transmitido no seu programa televisivo.
"As gravações deixaram claro que Ferreras deu informações falsas, sabendo que era falsa um mês antes das eleições", sublinhou Iglésias que considera que "pela dignidade da profissão de jornalista" o repórter de 'La Sexta' não deve voltar a exercer.
Iglésias, que não quis antecipar que tipo de ações legais o seu partido irá acionar relativamente a este caso, insistiu que alguns meios de comunicação social difundiram informação falsa "para destruir a sua reputação" e "prejudicar" uma força partidária que, naquela altura, estava em primeiro lugar entre os partidos de esquerda.
"A dimensão mediática do esgoto é de uma dimensão enorme", lamentou o ex-líder do Podemos que denunciou que, por trás dos meios de comunicação social, existem poderes económicos "que não tinham o mínimo interesse em que o Podemos chegasse ao poder" o que, na sua opinião, "deixa a dignidade do jornalismo de rastos".
Questionado sobre o que diria sobre este assunto, se ainda fosse o líder do Podemos, no debate sobre o estado da nação que começa hoje no Congresso, Iglésias confessou que está "muitíssimo" feliz por não estar neste debate.
"Estou convencido que os meus colegas de partido falarão muito melhor do que conseguiria fazê-lo. Tenho a sensação que este tema gerou escândalo suficiente para dificultar a sua não participação no debate", referiu.
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