"Uma aposta na valorização do património cultural timorense, que, seguindo os exemplos de Biblioteca Nacional dos países mais desenvolvidos, pretende promover na prática o direito de acesso à educação e cultura", disse Taur Matan Ruak na cerimónia de início das obras.
O espaço, vincou, ajudará na "defesa da criação cultural, recolha e depósito das obras publicadas pelos autores timorenses e de obras que promovam a diversidade cultural, literária, técnica ou científica, num espaço que irá transformar-se certamente numa plataforma de criação e de partilha de conhecimentos".
A longo prazo, referiu, a obra insere-se num programa mais amplo que "prevê a construção de uma rede de bibliotecas (nacional, municipais e regional)" e um conjunto de outras "infraestruturas essenciais para o bom funcionamento do setor transversal da cultura e do património tradicional".
Entre essas obras destacou "um museu nacional, centros e jardins culturais e uma academia de artes e indústrias recreativas" para promover o aparecimento de novos artistas e autores no país.
Taur Matan Ruak disse que a obra da nova Biblioteca Nacional de Timor-Leste -- cuja primeira pedra foi lançada em agosto de 2017 - pretende "dotar o país de uma instituição com o dever de preservar, defender e valorizar o património cultural timorense, através da conservação dos livros, jornais, revistas e outras publicações, cujo acervo ficará disponível para os cidadãos, estudantes, pesquisadores, investigadores e turistas".
O projeto conta com um apoio financeiro de 10 milhões de dólares (9,87 milhões de euros) da petrolífera ENI, cabendo à Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANPM) "gerir e supervisionar a qualidade da construção, de acordo com os padrões da ENI e as melhores práticas internacionais".
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