Boris Johnson dá prémio Winston Churchill para a Liderança a Zelensky

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, entregou hoje ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o prémio de Liderança Sir Winston Churchill, tendo estabelecido comparações entre os dois líderes em tempos de crise.

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Lusa
26/07/2022 23:42 ‧ 26/07/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

Zelensky aceitou o prémio por ligação em vídeo durante a cerimónia realizada no escritório do primeiro-ministro britânico, na qual participaram membros da família de Churchill, o embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko e ucranianos que receberam formação de soldados britânicos, noticia a agência Associated Press (AP).

Johnson assinalou a forma como Zelensky confirmou, em 24 de fevereiro, a invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Naquele momento de crise suprema, enfrentou o teste de liderança que foi, à sua maneira, tão severo como o desafio de Churchill em 1940", referiu o líder do Governo britânico.

Os dois líderes desenvolveram uma relação próxima desde a visita de Johnson à Ucrânia, tendo sido o primeiro líder ocidental a fazê-lo desde o início da invasão russa.

No início deste mês, Zelensky disse ter ficado triste com a saída de Johnson da liderança do Partido Conservador, que se seguiu a meses de escândalos éticos.

O líder ucraniano recebeu uma ovação de pé no parlamento britânico em março, quando invocou um dos discursos mais famosos de Churchill e jurou combater as tropas russas no ar, no mar e nas ruas.

O prémio Winston Churchill para a Liderança foi atribuído pela primeira vez em 2006 e Zelensky junta-se, agora, a uma lista que conta com laureados como o príncipe Carlos, os antigos primeiros-ministros britânicos Margaret Thatcher e John Major ou a antiga secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,9 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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