Dez mortos em ataque de movimento rebelde no nordeste da RDCongo

Pelo menos dez pessoas morreram num novo ataque atribuído ao grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês) perto da cidade de Oicha, no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), disse hoje uma fonte local.

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© Reuters

Lusa
28/07/2022 19:47 ‧ 28/07/2022 por Lusa

Mundo

RDCongo

Segundo Prince Kambale Musavuli, representante da sociedade civil, o ataque começou na passada terça-feira passada e durou 24 horas e os mortos foram transferidos para o necrotério local em Oicha.

Testemunhas do ataque disseram que muitas das vítimas foram decapitadas.

De acordo com representantes da sociedade civil, o número de mortos pode ser ainda maior, já que os atacantes ainda se encontram na região e residentes dizem que algumas pessoas desapareceram.

As províncias de Kivu do Norte e a vizinha Ituri registaram no passado mês um aumento no número de ataques das ADF.

Grupos da sociedade civil das duas províncias acusam o governo da RDCongo de ter deslocado efetivos militares para o território de Rutshuru para combater o movimento rebelde M23, que tem uma capacidade militar maior do que os restantes grupos armados que atuam no leste do país.

As ADF são um movimento rebelde de origem ugandesa, mas atualmente concentra as suas atividades no nordeste da RDCongo, perto da fronteira com o Uganda.

Este movimento foi responsável ??por cerca de 1.260 mortes em 2021, tornando-os no grupo armado mais mortal da RDCongo, de acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Os objetivos do grupo são vagos além de uma possível ligação com a organização fundamentalista Estado Islâmico (EI), que às vezes assume a responsabilidade dos ataques.

Com o objetivo de neutralizar as ADF, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram uma operação militar conjunta em solo da RDCongo no final de novembro de 2021, que ainda está em andamento.

Desde 1998, a RDCongo é cenário de um conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques do Exército, apesar da presença da missão de paz da ONU no país (MONUSCO), que conta com cerca de 14 mil "capacetes azuis".

Leia Também: Mali. Ataques causam a morte de três civis, 15 soldados e 48 atacantes

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