"Quem abusa de ucranianos, tortura e mata, deve saber que há punição"
O presidente da Ucrânia exortou a ONU e a Cruz Vermelha a "reagir" perante o ataque à prisão de Olenivka, que matou cerca de 50 soldados ucranianos.
© SERGEI SUPINSKY/AFP via Getty Images
Mundo Volodymyr Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu, esta sexta-feira, que “qualquer ocupante” que “abuse”, “torture” ou “mate” cidadãos ucranianos será castigado.
“Cada ocupante que abusa dos ucranianos, que tortura e mata, deve saber que haverá punição por isso. Se alguns dos assassinos russos esperam que não serão levados à justiça, que se escondem algures, que fiquem a saber: responderão em qualquer caso. Geografia, tempo, fronteiras, muros não impedirão uma retaliação justa”, frisou na sua comunicação diária sobre a invasão russa da Ucrânia, que dura já há mais de cinco meses.
Referindo-se ao ataque à prisão de Olenivka, na região separatista de Donetsk, onde se encontravam prisioneiros de guerra, detidos pelas tropas russas após a queda de Mariupol, em maio, Zelensky afirmou tratar-se de “um crime de guerra, um assassinato em massa deliberado” de cerca de 50 soldados.
Exortou ainda a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Comité Internacional da Cruz Vermelha a “reagir” ao ataque, uma vez que “atuaram como garantia da vida e saúde” dos soldados, na altura em que abandonaram a fábrica siderúrgica de Azovstal. “Devem proteger a vida de centenas de prisioneiros de guerra ucranianos”, frisou.
Na ótica de Zelensky, “deveria haver um claro reconhecimento legal da Rússia como patrocinador estatal do terrorismo”. “A Rússia provou com numerosos ataques terroristas que é a maior fonte de terrorismo no mundo de hoje. É um facto”, afirmou, pedindo aos Estados Unidos da América (EUA) “uma solução”.
Mais de 2.400 soldados ucranianos em Mariupol foram feitos prisioneiros após quase três meses de luta pelo porto de Azov, onde estavam escondidos no complexo siderúrgico Azovstal. As autoridades russas e ucranianas acusam-se mutuamente pelo ataque à prisão onde centenas se encontravam detidos.
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