"Apoiamos a viagem da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi", referiu, em comunicado, um grupo de 26 republicados do Senado.
Na nota, assinada também pelo líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, os republicanos salientaram que "durante décadas, membros do Congresso dos Estados Unidos, incluindo ex-presidentes da Câmara, viajaram para Taiwan".
"Esta viagem é consistente com a política de 'Uma China' dos Estados Unidos com a qual estamos comprometidos", realçaram, citados pelo 'site' de notícias Axios.
"Também estamos comprometidos neste momento, mais do que nunca, com todos os constituintes da Lei de Relações com Taiwan", acrescentaram.
A Lei de Relações com Taiwan, de 1979, comprometeu em parte os EUA a manterem as capacidades defensivas da ilha, mas não garantiu que Washington interviria militarmente se a China atacasse ou invadisse Taiwan.
A líder do Congresso norte-americano aterrou cerca das 15:43 (hora de Lisboa) em Taiwan, visita que gerou críticas por parte de Pequim, considerado esta uma atitude "extremamente perigosa" dos Estados Unidos, anunciando também que vai efetuar exercícios navais militares a partir de quinta-feira.
"[A visita] é uma grave violação ao princípio de uma só China. [...] Tem um grande impacto nas relações políticas entre a China e os Estados Unidos e infringe gravemente a soberania e a integridade territorial da China, prejudicando gravemente a paz e a estabilidade em todo o estreito de Taiwan", lê-se no comunicado, que adianta que Pequim já apresentou "fortes protestos" contra os EUA.
Por outro lado, a Casa Branca considerou hoje "não existir qualquer violação ou problemas de soberania" com a visita da presidente da Câmara dos Representantes, com o coordenador de comunicações do Conselho de segurança nacional, John Kirby, a referir que o seu país não apoia a independência de Taiwan e que a visita de Pelosi apenas "reafirma a política de uma única China", defendida por Pequim.
Já Nancy Pelosi considerou hoje que a sua vista a Taiwan demonstra o "apoio incondicional" dos Estados Unidos à vibrante democracia em Taiwan", e assegurou que "não contradiz a política de longa data dos Estados Unidos", baseada em acordos estabelecidos com Taiwan e a China.
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