Cronologia de uma morte. Como os EUA planearam ataque a líder da Al-Qaeda

Ataque demorou meses a preparar e Joe Biden queria certezas de que apenas o alvo era atingido no ataque.

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© @White House

Marta Amorim
03/08/2022 09:13 ‧ 03/08/2022 por Marta Amorim

Mundo

Al Qaeda

Ayman al-Zawahiri, líder da organização terrorista Al-Qaeda desde 2011, foi morto durante o fim de semana, após uma operação antiterrorista “bem-sucedida” dos Estados Unidos da América no Afeganistão. 

A operação levou meses a preparar e culminou esta semana. A Casa Branca revelou esta terça-feira uma fotografia do Presidente norte-americano reunido com os principais responsáveis no dia 1 de julho. Eis como se desenrolou. 

Na 'situation room', na Casa Branca, a 1 de julho, Biden sentou-se com William Burns, diretor da CIA, Avril Haines, diretora dos Serviços de Informação nacional, Jake Sullivan, conselheiro para a Segurança Nacional, Jon Finer, o vice-conselheiro para a Segurança Nacional e Ron Klain, o chefe de gabinete da Casa Branca.

Auxiliados por uma maquete da casa em Cabul onde Aymar  al-Zawahiri estaria escondido, o grupo discutiu o plano. 

“Nesta reunião, o Presidente [norte-americano] foi informado sobre a operação proposta”, pode ler-se na publicação da Casa Branca no Twitter. 

Durante o briefing, Biden questionou a sua equipa sobre a operação proposta e examinou um modelo que foi construído da casa segura em Cabul, onde al-Zawahiri estava escondido.

Um alto funcionário da administração disse ao Daily Mail que, durante a reunião, o Presidente Biden 'fez perguntas detalhadas sobre o que sabíamos e como o sabíamos".

Segundo a mesma fonte, Biden estava particularmente concentrado em garantir que tinham sido tomadas todas as medidas para assegurar que a operação minimizaria' o risco de baixas civis.

Mais reuniões teriam lugar ao longo do mês e, a 25 de julho, Biden autorizou a operação - que teve lugar a 30 de Julho. 

Ainda segundo o Daily Mail, esta é a cronologia dos acontecimentos que levaram à morte de Ayman al-Zawahiri:

Início de abril. Os principais agentes de segurança são informados dos desenvolvimentos. Pouco tempo depois, o Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan informa o Presidente Biden e funcionários dos EUA estudam as rotinas de Al-Zawahiri. Al-Zawahiri chega ao local do esconderijo.

Maio e junho. Biden recebe atualizações

1 de julho. Biden é informado sobre uma proposta de operação na Sala de Crise da Casa Branca por membros do seu gabinete

Junho e julho. Os diretores e deputados reúnem-se várias vezes na Sala de Crise para 'testar o quadro da inteligência'. Concluem que al-Zawahiri é um alvo legítimo.

25 de julho. Biden convoca conselheiros e gabinete para a reunião final com informações atualizadas. Pergunta novamente sobre outras opções e autoriza ataque aéreo. 

30 de julho. Operação em Cabul para eliminar o alvo. 

A morte de Zawahiri significa que todos os conspiradores do 11 de Setembro foram agora capturados ou mortos. 

“Esteve profundamente envolvido no planeamento dos ataques de 11 de setembro [de 2001]. Durante décadas foi responsável por orquestrar ataques contra cidadãos norte-americanos. Agora, foi feita justiça e este líder terrorista já não existe", frisou Joe Biden, numa declaração a partir da Casa Branca.

Leia Também: De médico a líder da Al-Qaeda. Quem era o sucessor de Bin Laden?

 

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