Extrema-direita romena anuncia dois candidatos após exclusão de Georgescu

A extrema-direita da Roménia anunciou hoje dois novos candidatos às eleições presidenciais de maio após a exclusão do favorito nas sondagens, Calin Georgescu, suspeito de ter beneficiado da interferência russa na votação anterior.

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© Andrei Pungovschi/Getty Images

Lusa
12/03/2025 15:44 ‧ há 3 horas por Lusa

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Roménia

O líder do partido AUR, George Simion, 38 anos, que era a figura nacionalista mais estabelecida no país antes da ascensão meteórica de Georgescu, tinha afastado uma candidatura na noite de terça-feira, mas hoje disse na rede Facebook que mudou de ideias depois de se encontrar com o candidato excluído.

 

Num vídeo, Simion surgiu ao lado de uma estreante, a dirigente do Partido da Juventude (POT) Anamaria Gavrila, de 41 anos, e ambos vão concorrer às eleições se recolherem as 200 mil assinaturas necessárias até sábado, e pediram aos seguidores de Georgescu que os apoiem.

"Se ambos os pedidos forem aprovados, um de nós vai desistir, esclareceu Anamaria Gavrila, explicando a estratégia de dar à extrema-direita romena a melhor hipótese possível.

Calin Georgescu, que tinha causado surpresa em novembro ao vencer à primeira volta, posteriormente cancelada, foi definitivamente excluído de se apresentar às presidenciais, criticando "uma ditadura" e pedindo que a luta continuasse pacificamente nas urnas.

Simion, cujo partido é o segundo mais representado no parlamento, já se tinha candidatado à presidência em 24 de novembro, recebendo quase 14% dos votos, antes de unir forças com Georgescu.

Fã do Presidente norte-americano, Donald Trump, descreve-se como um patriota, opõe-se à ajuda militar à vizinha Ucrânia, aos direitos LGBT+ e defende uma "Europa soberana de nações".

Os especialistas duvidam das suas hipóteses de obter tantos votos como Calin Georgescu, que foi creditado com 40% das intenções de voto nas sondagens antes de a sua candidatura ser rejeitada.

No mesmo campo político, a tempestuosa candidata pró-Kremlin Diana Sosoaca, que foi banida no ano passado pelo Tribunal Constitucional, também tentará participar.

A disputa é agora muito aberta, com o candidato da coligação governamental pró-europeia, Crin Antonescu, e o presidente independente da câmara de Bucareste, Nicusor Dan, empatados nas pesquisas (entre 15% e 20%).

A Roménia, país membro da UE e da NATO e pouco habituado a convulsões políticas, está mergulhada na incerteza desde que Calin Georgescu surgiu no panorama político, após uma campanha massiva na rede TikTok que foi considerada ilegal.

A eleição foi posteriormente anulada e o político de extrema-direita foi acusado e colocado sob supervisão judicial.

Leia Também: "Messias do TikTok" venceu as presidenciais da Roménia, mas não convenceu

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