Na reunião, além dos ministros dos países mediadores das negociações entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas - Egito e Qatar -, participaram também os da Arábia Saudita, Jordânia e dos Emirados Árabes Unidos e o secretário-geral da comissão executiva da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), segundo um comunicado egípcio.
Os responsáveis árabes apresentaram a Witkoff a iniciativa do Egito para a reconstrução da devastada Faixa de Gaza, um plano que foi aprovado pela Liga Árabe a 04 de março, numa reunião extraordinária, e que recebeu igualmente o apoio dos 57 Estados-membros da Organização de Cooperação Islâmica (OCI).
O projeto prevê a reabilitação do enclave palestiniano em pouco mais de cinco anos, com um custo de cerca de 53 mil milhões de dólares, e prevê também a formação de uma comissão técnica palestiniana para gerir interinamente aquele território durante o período de reconstrução.
Com Witkoff acordaram "prosseguir as consultas e a coordenação sobre este plano como base para os esforços de reconstrução da Faixa de Gaza".
Os ministros sublinharam também a importância de estabelecer um cessar-fogo em Gaza, bem como de "realizar esforços genuínos para alcançar uma paz justa e total", assente na solução de dois Estados, a que o Governo israelita se opõe e que prevê a criação de um Estado palestiniano independente.
Reiteraram igualmente o compromisso de manter o diálogo para reforçar as conversações sobre uma trégua e de "trabalhar em conjunto para repor a segurança, a estabilidade e a paz" no Médio Oriente, através da "intensificação dos esforços diplomáticos" com a comunidade internacional, refere a nota de imprensa.
Antes, os ministros árabes realizaram uma reunião a sós, na qual recordaram que o Cairo está a ultimar os preparativos para a realização de uma conferência internacional destinada a angariar fundos para a reconstrução, no final de março ou no início de abril, em cooperação com as Nações Unidas e o Governo palestiniano.
A reunião árabe decorre numa altura em que se encontra em Doha uma delegação israelita liderada pelo coordenador para os assuntos dos reféns, Gal Hirsch, com elementos do serviço de segurança interna e o conselheiro do primeiro-ministro israelita, Ofir Falk.
Os mediadores expressaram a esperança de que esta ronda de negociações conduza à aplicação da segunda fase do acordo de tréguas entre Israel e o Hamas, que prevê um cessar-fogo, a libertação de todos os reféns e a retirada das tropas israelitas do enclave.
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