Um homem, que se tornou viral após um médico ter revelado nas redes sociais que o confrontou por ter Monkeypox, negou, esta quarta-feira, estar infetado com o vírus e ter sido abordado pelo médico. O caso aconteceu há cerca de duas semanas, a 15 de julho, pelas 6h20, no metro de Madrid.
Segundo contou o médico, Arturo Henriques, o homem entrou numa carruagem na estação de metro de Legazpi “completamente cheio de feridas, da cabeça aos pés, incluindo as mãos”. Estava “no pico do seu contágio”, escreveu na rede social Twitter, que, entretanto, colocou como privada.
O médico acrescentou ainda que abordou o homem para lhe dizer que “as lesões que tem em todo o corpo são as mais contagiosas” e que o homem reagiu com indiferença. “Eu tenho isto, mas o meu médico não me disse que tinha de ficar em casa, apenas que tinha de usar uma máscara”, contou.
Así viaja la viruela del mono en el metro de Madrid España.https://t.co/pfuXtiNLcH pic.twitter.com/cOMq9lA5i8
— Bersaín Hernández (@Bersa76) July 30, 2022
No entanto, o homem, identificado como M.A.R.M., negou as alegações do médico. Segundo o próprio, em declarações ao jornal espanhol 20 minutos, não foi abordado por ninguém na sua viagem de metro e nem esteve infetado com Monkeypox. “Não tenho Monkeypox e não falei com ele em momento algum”, assegurou.
El protagonista del viral en el metro desmiente al hombre que le acusó de falta de protección: "Ni tengo viruela del mono ni hablé con él" https://t.co/D2CFgkBru2
— 20minutos.es (@20m) August 3, 2022
M.A.R.M. sofre de neurofibromatose, uma doença hereditária e que lhe provoca lesões na pele. O homem também diz ser “impossível” que a fotografia, na qual surge em pé, tenha sido tirada na estação de Legazpi, às 6h20. “É impossível porque eu apanho o primeiro metro que sai de Villaverde Alto e vou sempre sentar-me, por isso, ele não podia ter tirado uma fotografia minha de pé às 6h20”, esclareceu.
Na publicação, Arturo Henriques contou que também os restantes passageiros no metro agiram indiferentes. Uma senhora, ao lado do homem, terá dito: “Como posso ficar infetada se não sou gay?”.
Questionado pelo El Mundo, o médico, que trabalha numa clínica privada em Madrid, assegura que abordou o homem no metro e que foi o próprio que lhe confirmou que estava infetado com Monkeypox.
“Eu só queria ser um bom cidadão e agora estou a ser atacado”, disse, acrescentando que o caso será tratado pelo seu advogado.
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