Zelensky. Neutralidade da China "é melhor do que juntar-se à Rússia"

"É importante para nós que a China não ajude a Rússia", salientou o presidente da Ucrânia.

Notícia

© Presidência da Ucrânia

Márcia Guímaro Rodrigues
03/08/2022 15:01 ‧ 03/08/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou esta quarta-feira que o facto de a China manter uma política neutra em relação à invasão russa “é melhor do que juntar-se à Rússia”.

Num discurso, dirigido a alunos de 20 universidades da Austrália, o chefe de Estado frisou que “não se pode ficar à margem da guerra agressiva travada pela Rússia contra a Ucrânia se forem partilhados os princípios democráticos”. Para Zelensky, “derrotar a tirania requer um apoio forte e eficaz de todo o mundo”

“Esta é uma luta entre a autocracia e a democracia”, reiterou, citado numa nota da Presidência da Ucrânia

Zelensky agradeceu o “apoio em palavras”, mas destacou que “é preciso apoio em atos”, porque “a cada minuto, a cada hora, a cada dia” se perdem vidas humanas. 

O presidente ucraniano reconheceu ainda que “em diferentes partes do mundo, localizadas longe da Ucrânia”, como os continentes africano e asiático, há uma perceção errada da guerra, porque “a Rússia espalha desinformação de que não atacou ninguém”. “Em algumas partes do mundo, funciona. Mesmo após oito anos de guerra, as pessoas não conseguem abrir os seus corações à verdade”, afirmou.

Um desses casos é a China, uma longa - e poderosa - aliada da Rússia. “Hoje, a China está a equilibrar-se e adere à neutralidade. Direi honestamente que esta neutralidade é muito melhor do que a China juntar-se à Rússia”, considerou Zelensky, que “acredita” que a sociedade chinesa “fará uma escolha sábia”. 

“Ainda assim, é importante para nós que a China não ajude a Rússia”, salientou.

Assinala-se, esta quarta-feira, o 161.º dia da invasão russa da Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), contabilizam-se, pelo menos, mais de 5.300 mortos civis.

Leia Também: Zelensky. Primeira exportação de cereais ucranianos "ainda não é nada"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas