A guerra na Ucrânia fez disparar o número de casais LGBTI+ que querem lutar pelo direito de legalizar o casamento e, por isso, foi criada uma petição nesse sentido.
Esta quarta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky reagiu a esta vontade do povo ucraniano indicando que, devido à lei marcial que vigora por causa da invasão russa, tal não é possível para já, mas admitiu soluções.
Zelensky justificou que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo implica uma mudança na Constituição, algo que é, de momento, "impossível". No entanto, o que o governo do país está a fazer é "trabalhar em soluções em relação à legalização da parceria civil registada na Ucrânia" com o intuito de "estabelecer e garantir os direitos humanos e liberdades".
"No mundo moderno, o nível de sociedade democrática é medido, entre outras coisas, por meio de políticas de Estado que visam assegurar a igualdade de direitos para todos os cidadãos. Cada cidadão é parte indissociável da sociedade civil, tem direito a todos os direitos e liberdades na Constituição da Ucrânia", disse Zelensky numa nota partilhada no site da presidência acrescentando que "todas as pessoas são livres e iguais em sua dignidade e direitos".
Refira-se que na Constituição do país, essa união é constituída por um homem e uma mulher. A Ucrânia legalizou a homossexualidade após a queda da União Soviética, mas as leis anti-LGBTI+ continuam em vigor no país.
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