Canadá proíbe importação de armas de fogo para conter violência armada

O Canadá vai proibir a importação de armas de fogo pessoais a partir de 19 de agosto, medida que pretende conter a violência armada no país, divulgou hoje o governo canadiano.

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Lusa
06/08/2022 06:21 ‧ 06/08/2022 por Lusa

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Armas

 

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"É com orgulho que anuncio que o nosso governo decidiu proibir a importação de armas de fogo pessoais", sublinhou Marco Mendicino, ministro da Segurança Pública, durante uma conferência de imprensa.

A medida é uma "proibição temporária", aplicada a partir de 19 de agosto a indivíduos e empresas, até "à entrada em vigor do projeto de lei que congela a importação, a compra ou a venda de armas de fogo pessoais" no Canadá, especificou o governo em comunicado.

O projeto de lei C-21 pode entrar em vigor no outono, noticia a agência France-Presse (AFP).

As autoridades pretendem lançar, no final do ano, um programa no âmbito do qual os cidadãos serão obrigados a revender este tipo de armas ao governo.

Estas armas "têm apenas um propósito, matar pessoas", atirou Mendicino, durante uma viagem a Etobicoke, nos subúrbios de Toronto.

O grupo PolySeSouvient, que representa sobreviventes e famílias de vítimas de violência armada, saudou uma "medida importante e inovadora que, sem dúvida, impedirá a expansão no mercado canadiano de armas de fogo até à aprovação do projeto".

Apesar de todas as medidas postas em prática por Otava, para tentar reduzir a violência armada, os especialistas continuam céticos quanto à sua eficácia, apontando o contrabando de armas dos Estados Unidos como o verdadeiro problema.

Na quarta-feira, a Agência de Serviços de Fronteira do Canadá anunciou duas grandes apreensões no oeste do país de "armas de fogo fantasmas", que não têm número de série e que, por isso, se tornam difíceis de rastrear.

Entre 01 de janeiro de 2019 e 30 de junho de 2022, esta agência apreendeu na região do Pacífico 581 armas de fogo nos portos de entrada e em remessas de correio internacional.

Este anúncio surge meses depois de Justin Trudeau ter divulgado uma proposta para "proibição a nível nacional de posse de armas de fogo", na sequência dos recentes tiroteios nos Estados Unidos, que mataram 21 pessoas numa escola primária do Texas e 10 num supermercado no Estado de Nova Iorque.

A posição do governo canadiano levou os cidadãos a correrem para as lojas de armas, com filas visíveis à porte e com os 'stocks' a esgotarem rapidamente.

De acordo com estimativas do governo, existem mais de um milhão de armas de fogo no Canadá, numa população de 38 milhões.

Cerca de 2.500 lojas vendem pistolas em todo o país.

A medida também surge num contexto de aumento de crimes relacionados com armas de fogo, sendo que esta semana, ocorreram três homicídios em 24 horas na região de Montreal.

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