Chanceler alemão Olaf Scholz ameaçado por escândalo bancário do passado

Um escândalo bancário ligado ao passado do chanceler alemão, Olaf Scholz, enquanto autarca de Hamburgo, ameaça colocá-lo em apuros, segundo vários títulos da imprensa alemã de hoje, entre os quais o Der Spiegel.

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Lusa
10/08/2022 20:24 ‧ 10/08/2022 por Lusa

Mundo

Alemanha

No centro da controvérsia estão 214 mil euros em numerário encontrados num cofre pertencente a Johannes Kahrs, ex-deputado do Partido Social-Democrata (SPD, na sigla em alemão) que dirigia uma organização local de Hamburgo em 2016, quando Scholz era presidente da autarquia.

Segundo os meios alemães, o dinheiro poderia estar relacionado com o escândalo do banco Warburg, que uma comissão do parlamento local investiga há mais de dois anos.

Em 2016, depois de uma série de encontros entre dirigentes da instituição e do SPD, as autoridades financeiras da cidade portuária renunciaram à devolução de 47 milhões de euros que este banco tinha obtido através de transações irregulares.

Scholz já negou que, enquanto autarca, tenha tido qualquer influência na decisão das autoridades financeiras.

A Der Spiegel escreveu que não há qualquer prova de que o dinheiro encontrado no cofre esteja relacionado com o caso do banco Warburg.

Não obstante, avançou que a instituição financeira deu, pelo menos, 45 mil euros ao SPD de Hamburgo, na sua maioria à organização dirigida por Kahrs.

Segundo apontamentos do proprietário do banco, Christian Olearius, foi Kahrs que intermediou, em 2016 e 2017, os seus encontros com o então autarca e atual chanceler.

Kahrs ainda não se pronunciou sobre a origem do dinheiro e um porta-voz do governo disse esta semana que Scholz desconhecia a sua existência.

Outros meios informaram esta semana que a procuradoria de Colónia (oeste), que colabora no esclarecimiento do caso, ordenou em março a inspeção da conta de correio eletrónico de Scholz dos seus tempos de autarca.

Está previsto para 19 de agosto um segundo depoimento de Scholz perante uma comissão parlamentar de Hamburgo.

Leia Também: Ucrânia: Chanceler alemão admite manter centrais nucleares ativas

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