"Gostaria de reafirmar o nosso claro compromisso com a desnuclearização total, verificável e irreversível da Península Coreana, da Coreia do Norte", disse Guterres, citado pela agência francesa AFP.
Este é um "objetivo fundamental para trazer paz, segurança e estabilidade a toda a região", acrescentou, de acordo com imagens transmitidas pela televisão sul-coreana.
Guterres encontrou-se com Yoon na capital sul-coreana como parte da sua digressão asiática, que se centra na promoção do desarmamento nuclear e da cooperação internacional em áreas como a crise climática.
Antes de Seul, o antigo primeiro-ministro português esteve no Japão, onde discursou na cerimónia do 77.º aniversário do bombardeamento atómico de Hiroshima.
Guterres repetiu no Japão o aviso contra os horrores das armas atómicas que fez em Nova Iorque na semana passada, numa conferência sobre o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
"Estamos a assistir a uma radicalização da situação geopolítica que torna o risco de guerra nuclear novamente algo que não podemos esquecer completamente", disse Guterres numa conferência de imprensa em Tóquio, na segunda-feira.
No encontro com Yoon, Guterres salientou a importância de fazer progressos no processo de desnuclearização para garantir a segurança regional, a paz e a estabilidade, segundo um porta-voz do Governo de Seul, citado pela agência espanhola EFE.
Também valorizou o papel da Coreia do Sul na contribuição para o desenvolvimento socioeconómico global e na luta contra as alterações climáticas, de acordo com o mesmo porta-voz.
Guterres encontrou-se ainda com o chefe da diplomacia sul-coreana, Park Jin, para discutir a segurança na Península Coreana e a cooperação em questões regionais e globais como as alterações climáticas, noticiou a agência sul-coreana Yonhap.
A Coreia do Norte realizou um número recorde de testes de mísseis até agora este ano.
Seul e Washington têm alertado que a Coreia do Norte poderá realizar um novo teste nuclear a qualquer momento, que seria o sétimo até à data e o primeiro desde 2017.
A evolução das armas do regime de Pyongyang e a estratégia de "dissuasão alargada" prosseguida pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos aumentaram as tensões na península, enquanto as conversações de desarmamento permanecem congeladas desde 2019.
As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, dado que nunca assinaram um acordo de paz após a guerra que travaram entre 1950 e 1953, embora um armistício tenha permitido cessar os combates e criar uma zona desmilitarizada próximo do paralelo 38, que divide os dois países.
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