"Em 15 de agosto, o Exército de Libertação do Povo Chinês realizou uma patrulha conjunta de prontidão de combate e exercícios de combate no mar e no espaço aéreo ao redor de Taiwan", disse o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando de Operações do Teatro Oriental, adiantando que o Exército Popular de Libertação (EPL) tomará as medidas necessárias para "defender resolutamente a soberania nacional".
Também hoje, o ministério da Defesa de Taiwan informou que um total de 22 aviões e seis navios militares chineses fizeram no domingo incursões em áreas à volta da ilha, que tem independência de facto, mas faz formalmente parte da China.
As incursões, de acordo com o comunicado citado pela agência noticiosa taiwanesa CNA, coincidiram com a chegada de uma delegação de congressistas norte-americanos que tem previstas reuniões com representantes do Governo local e pouco dias depois de uma visita da presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
Segundo o Ministério da Defesa, dez dos aviões chineses atravessaram uma linha no Estreito de Formosa que tem funcionado como uma fronteira não oficial tacitamente respeitada por Taipé e Pequim nas últimas décadas, mas atravessada nas últimas semanas pelas forças chinesas durante manobras militares.
A força aérea da ilha monitorizou a situação com patrulhas aéreas de combate e navais e ativação de sistemas de mísseis terrestres, disse o ministério.
A China respondeu à visita de Pelosi, a que chamou "farsa" e "deplorável traição", com sanções comerciais impostas à ilha e exercícios militares nas imediações de Taiwan, que Taipé descreveu como um "bloqueio".
A China reclama a soberania sobre Taiwan, uma ilha que considera uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang ali se refugiaram em 1949, após perderem a guerra civil contra os comunistas.
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