Um outro ataque a uma exploração de ouro artesanal tinha feito quatro mortos há menos de uma semana no mesmo território de Djugu, onde dois cidadãos chineses foram tomados como reféns.
Ambos os ataques foram atribuídos à milícia Codeco (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo), que pretende defender em Ituri os interesses dos Lendu contra a comunidade rival Hema.
"Milicianos Codeco irromperam entre as 05:00 e as 06:00 numa exploração mineira situada na vila de Sumbu", a cerca de 40 quilómetros do local do ataque da semana passada, disse Assani Ngadjole, presidente da sociedade civil de Mambisa.
"Mataram civis, na maioria agricultores e trabalhadores da exploração mineira", acrescentou, afirmando ter visto pessoalmente os corpos de 12 civis e de quatro militares.
O líder da autoridade local de Mambisa, Henri Tchele Yoga Krilo, referiu também um balanço de 12 civis mortos, entre os quais duas crianças e duas mulheres, além de quatro militares.
"Estes militares estavam responsáveis por guardar uma cooperativa mineira instalada na vila", disseram ambas as fontes, que acusaram os milicianos de roubar material da cooperativa e "uma boa quantidade de ouro".
O porta-voz do exército na província, tenente Jules Ngongo, confirmou a morte de quatro soldados que, afirmou à agência France-Presse, "derramaram o seu sangue para proteger a população", mas não se pronunciou sobre o número de vítimas civis.
A milícia Codeco é considerada uma das mais mortíferas do leste da RDCongo, região onde operam dezenas de grupos armados.
Além de civis e militares, a Codeco ataca também deslocados e trabalhadores das agências humanitárias.
As províncias congolesas de Ituri e Kivu do Norte estão sob estado de sítio desde maio de 2021, medida excecional que dá plenos poderes ao exército e à polícia para lutar contra estes grupos armados, mas não tem resultado no fim da violência.
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