"Abramovich continua a abastecer Defesa russa. Não é sancionado?"

O opositor russo Alexei Navalny, que está preso, criticou hoje a ausência de sanções ocidentais sistemáticas contra os oligarcas russos, pelo seu apoio ao regime de Vladimir Putin e à invasão militar russa da Ucrânia.

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Lusa
16/08/2022 22:35 ‧ 16/08/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Em mensagem cheia de exemplos, divulgada nas redes sociais, afirmou que só 46 dos 200 russos mais ricos, segundo a classificação feita pela revista Forbes, estão submetidos a sanções pelos EUA, pela União Europeia (UE) e pelo Reino Unido.

Entre os exemplos avançados está o presidente do conglomerado do gás, Gazprom, Alexei Miller, não sujeito a sanções europeias, e Roman Abramovitch, não sancionado pelos EUA.

"As empresas de Abramovitch continuam a abastecer o Ministério da Defesa russo. Como é possível que não estejam sob sanções?", questionou.

"Não se pode esperar uma divisão no seio das elites de Putin, em relação à guerra, se apesar de tanta conversa, não se usa o pau contra elas e se deixam que guardem as suas cenouras", acrescentou Navalny.

Propôs em concreto que qualquer personalidade russa que apoiasse publicamente a invasão da Ucrânia pelos militares russos fosse impedida de entrar nos EUA, na UE e no Reino Unido "durante 20 anos".

Ao contrário, "uma forma simples" de evitar ser sancionado seria a de se declarar abertamente contra a invasão da Ucrânia e de "parar de apoiar o regime de Putin com palavras, atos e dinheiro".

Navalny lançou também um desafio: "Apelo aos eleitores e eleitos na União Europeia, no Reino Unido e nos EUA, a fazerem pressão sobre os executivos, a forçá-los a acabar com a demagogia e a introduzir sanções pessoais massivas contra os ladrões de Putin."

Estas declarações foram proferidas quando a UE se prepara para estudar a partir do fim de agosto uma interdição de vistos para todos os russos.

Em março, Navalny foi condenado a nove anos de prisão, por acusações de fraude, que considerou forjadas.

Navalny tinha sido detido em janeiro de 2021, ao regressar à Federação Russa, depois de ter sido tratado na Alemanha a um grave envenenamento, pelo qual responsabilizou o Kremlin.

A partir do estabelecimento prisional onde está, perto da cidade de Vladimir, a 200 quilómetros a leste de Moscovo, continua a transmitir mensagens aos seus advogados.

A sua organização anticorrupção mantém uma lista de mais de seis mil dirigentes russos assisados de apoiar a invasão russa da Ucrânia.

Leia Também: Ucranianos na central de Zaporíjia trabalham sob pressão das armas russas

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