Kyiv, que tem negado categoricamente qualquer ataque das suas forças contra a central, não respondeu ainda a estas últimas acusações.
Este último ataque foi denunciado pela administração russsa de Energodar. As autoridades afirmam que foram usadas no bombardeamento "armas ocidentais de longo alcance desde o lado oposto de Dnieper".
De acordo com as mesmas fontes, "os projéteis explodiram nas imediações de um dos edifícios administrativos e as instalações críticas da estação não sofreram danos", informa a agência de notícias russa Interfax.
Além disso, de acordo com a administração, depois do ataque, "as forças armadas da Ucrânia abriram fogo contra um subúrbio de Energodar", sem dar mais detalhes.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de seis milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU confirmou que 5.514 civis morreram e 7.698 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 176.º dia, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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