Antes de os restos mortais do antigo monarca entrarem na sede do Governo brasileiro, aviões da Esquadrilha da Fumaça escreveram a frase "Independência 200 anos" e fizeram um coração com fumo no céu na praça dos Três Poderes.
A relíquia estava guardada na Igreja da Lapa, no Porto, mas chegou ao Brasil na segunda-feira onde ficará em exposição até 05 de setembro como parte da comemoração dos 200 anos da independência do país.
Antes da cerimónia, o coração de D.Pedro estava no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, de onde foi levado até o Palácio do Planalto no Rolls Royce presidencial cercado de guardas montados a cavalo e em trajes de gala.
Bolsonaro recebeu a relíquia na porta do Palácio do Planalto ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira, e dezenas de crianças que seguravam pequenas bandeiras do Brasil.
Também estavam presentes o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Alberto França, e o embaixador de Portugal, Luís Filipe Faro Ramos, e Bertrand de Orléans e Bragança, descendente da antiga família imperial brasileira.
Quando o coração subiu a rampa para ingressar no prédio houve disparos de canhão e a execução do hino nacional do Brasil e do hino da Independência.
"Dois países, unidos pela história, ligados pelo coração. Duzentos anos de Independência. Pela frente, uma eternidade em liberdade. Deus, pátria, família! Viva Portugal, viva o Brasil!", disse Bolsonaro ao microfone e logo após a cerimónia estava encerrada.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, também estava no local já que viajou ao Brasil para acompanhar as cerimónias e homenagens e, na quinta-feira de manhã presidirá, no Instituto Rio Branco, a uma palestra intitulada: "Dois povos unidos por um coração - o significado político e simbólico de D. Pedro para Portugal e o Brasil."
O autarca do Porto regressa a Portugal, mas o coração de D. Pedro, preservado em formol há 187 anos, continuará a ser acompanhado pelo comandante da Polícia Municipal do Porto, António Leitão da Silva.
O coração do "rei soldado" está preservado no Porto desde fevereiro de 1835 e raras vezes saiu do mausoléu da capela-mor da igreja da Lapa, para onde regressará em 09 de setembro, ficando novamente em exposição nos dias 10 e 11, antes de voltar a ser guardado a cinco chaves num pequeno caixão de mogno.
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