Rússia alega que ataque a estação tinha como alvo comboio militar

De acordo com as autoridades ucranianas, o ataque das forças russas à estação de comboios de Chaplyne resultou na morte de, pelo menos, 25 pessoas, entre elas duas crianças de 6 e 11 anos.

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Notícias ao Minuto
25/08/2022 12:38 ‧ 25/08/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O Ministério da Defesa russo alegou, esta quinta-feira, que o ataque à estação ferroviária de Chaplyne, na região de Dnipropetrovsk, tinha como alvo um comboio que transportaria armas para a linha da frente na região do Donbass. O alvo terá sido ‘abatido’ com recurso ao sistema de mísseis balísticos de curto alcance Iskander.

O relatório diário daquele organismo revelou também que Moscovo terá destruído oito aviões militares em ataques a bases nas regiões de Poltava e de Dnipropetrovsk, segundo a agência Reuters.

Contudo, de acordo com o novo balanço das autoridades ucranianas, o ataque das forças russas à estação de Chaplyne resultou na morte de, pelo menos, 25 pessoas, entre elas duas crianças de 6 e 11 anos, provocando ainda 31 feridos.

"Na sequência do bombardeamento de uma área residencial e da estação ferroviária, 25 pessoas morreram, duas delas menores. Um rapaz de 11 anos morreu debaixo dos escombros de uma casa, outro rapaz de 6 anos morreu num carro perto da estação ferroviária", revelou o chefe-adjunto do gabinete presidencial, Kyrylo Tymoshenko, numa mensagem publicada na rede social Telegram.

O responsável acrescentou ainda que as operações de busca e salvamento na área atingida pelo ataque foram dadas como concluídas.

Também esta quinta-feira, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell condenou o bombardeamento, acusando Moscovo de ter perpetrado "mais um ataque hediondo" contra civis, e garantindo que os responsáveis serão punidos.

"A UE condena veementemente mais um ataque hediondo da Rússia contra civis, em Chaplyne, no Dia da Independência da Ucrânia. Os responsáveis pelo terror russo serão punidos", escreveu o responsável, na rede social Twitter.

Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, apontou que o ataque "enquadra-se no padrão de atrocidades" cometidas pelas forças de Moscovo, garantindo, na mesma rede social, que os Estados Unidos continuarão, "com os aliados de todo o mundo, ao lado da Ucrânia", na luta pela responsabilização dos oficiais russos.

Recorde-se que, durante a sua intervenção no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), numa reunião que celebrava o Dia da Independência da Ucrânia e se assinalavam os seis meses desde o início da invasão lançada pela Rússia, Volodymyr Zelensky relatou que os projéteis tinham atingido diretamente os vagões que estavam na estação ferroviária, e que quatro deles tinham ardido.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão, justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

Leia Também: UE condena "mais um ataque hediondo da Rússia contra civis"

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