De acordo com o portal de notícias DWAN, o ex-primeiro-ministro do Paquistão decidiu solicitar a liberdade sob fiança junto do tribunal, sendo que o juiz Raja Jawad aprovou a medida e determinou que Khan não pode ser detido pela polícia até ao primeiro dia do próximo mês de setembro.
A fiança estabelecida foi de 100 mil rupias paquistanesas (cerca de 455 euros, ao câmbio atual), segundo o mesmo 'media' paquistanês.
O Tribunal Superior de Islamabad já tinha concedido liberdade sob fiança ao antigo primeiro-ministro paquistanês até hoje, tendo a sua equipa de advogados, Babar Awan e Faisal Chaudhry, apresentado, na segunda-feira, um novo pedido.
Na base da acusação de "terrorismo", ao abrigo da legislação antiterrorismo do país asiático, estão declarações de Khan num comício em Islamabad, no sábado, em que prometeu processar vários membros da polícia e uma juíza, alegando que estavam envolvidos em práticas de tortura contra um seu assessor pessoal, que se encontra detido.
"Preparem-se, nós também vamos tomar medidas contra vocês. Todos devem estar envergonhados", terá afirmado Khan, segundo o testemunho do magistrado Ali Javed, que afirma ter estado presente no comício, segundo relatou esta semana a agência norte-americana AP.
Antiga estrela de críquete, o desporto mais popular no Paquistão, Khan foi derrubado por uma moção de censura em 10 de abril deste ano, depois de ter chegado ao poder em 2018.
Desde então, tem realizado grandes comícios em todo o país para pressionar a frágil coligação governamental e tentar reconquistar o poder.
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