O regulador calcula que o custo médio anual com a energia de um agregado familiar suba para 3.549 libras (4.203 euros), contra 1.971 libras (2.335 euros) de há seis meses, quando o preço já tinha subido 54%.
"O preço da energia atingiu níveis recorde impulsionado por um ato económico agressivo por parte do Estado russo. Eles [russos] desligaram lenta e deliberadamente o fornecimento de gás à Europa, causando danos às nossas famílias, empresas e economia em geral. O Ofgem não tem outra escolha senão refletir estes aumentos de custos no preço máximo", afirmou o presidente do regulador, Jonathan Brearley.
Segundo a entidade, desde dezembro os preços da energia aumentaram 360% nos mercados internacionais, um resultado da procura internacional e também da guerra.
O preço máximo da energia [price cap] é estipulado para os clientes domésticos em Inglaterra, País de Gales e Escócia em termos de unidade de gás e eletricidade e o custo de estarem ligados à rede.
Esta medida limita a margem de lucro das empresas fornecedoras, mas não se aplica na Irlanda do Norte, onde têm existido aumentos de tarifas sucessivas.
O governo britânico já determinou um pagamento de 400 libras (474 euros) por agregado familiar para reduzir as contas entre outubro e março, além de apoios adicionais a famílias com rendimentos baixos, inválidos e reformados.
Porém, o ministro das Finanças britânico, Nadhim Zahawi, disse hoje estar a trabalhar em mais opções para o sucessor de Boris Johnson, que deverá entrar em funções em 06 de setembro, aplicar "o mais rapidamente possível".
O novo preço máximo entrará em vigor a 01 de outubro, estando prevista uma nova atualização dentro de três meses, em vez dos seis meses anteriores.
A consultora Cornwall Insight fez hoje uma revisão em alta e previu que valor aumente para 5,386 libras (6.378 euros).
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