Edmundo González deixa República Dominicana e o seu destino é desconhecido

O líder da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, deixou terça-feira a República Dominicana, onde chegou na semana passada como parte do seu périplo por países sul-americanos, mas até o momento o seu destino é desconhecido.

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Lusa
15/01/2025 01:36 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

O avião particular em que González Urrutia está viajando descolou do Aeroporto Internacional La Isabela, em Santo Domingo, por volta das 13h30 locais, 17h30 em Portugal, fontes aeroportuárias adiantaram à agência EFE.

 

Embora o destino do avião não seja oficialmente conhecido, ele está a voar para oeste e, de acordo com o FlightAWare, o destino provável é a Guatemala.

Edmundo González, exilado em Espanha desde setembro e que se diz vencedor das eleições presidenciais venezuelanas, chegou ao terminal do aeroporto no meio de um dispositivo de segurança.

Santo Domingo foi a última paragem de Edmundo González Urrutia, que afirma ter ganho as eleições presidenciais venezuelanas em julho, para reunir apoio internacional para a tomada de posse a 10 de janeiro, quando o líder Nicolás Maduro foi empossado pela Assembleia Nacional controlada pelo partido no poder.

No dia 10 de janeiro, Edmundo González dirigiu uma mensagem à nação na qual assegurava estar "muito próximo da Venezuela".

O opositor de Maduro diz-se "pronto para entrar em segurança" e, no momento oportuno, fazer "valer os votos que representam a recuperação da democracia".

"Continuo a trabalhar nas condições para a minha entrada na Venezuela e para assumir, como manda a Constituição e o povo me ordenou, a presidência da República e o comando em chefe das Forças Armadas Nacionais", acrescentou.

Considerando-se presidente eleito, González ordenou "ao alto comando militar que desconsidere as ordens ilegais que lhes são dadas por aqueles que confiscam o poder e que prepare condições de segurança para assumir o cargo de presidente da República".

"Ordeno às forças militares e policiais que cessem a repressão e digo às instituições nacionais que, para a paz da República, devem repudiar o regime ilegítimo que tentou tomar o poder mais uma vez", comunicou.

As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) da Venezuela reafirmaram no domingo a sua lealdade a Nicolás Maduro, empossado como Presidente pelo parlamento, controlado pelos chavistas, embora a oposição maioritária reivindique a vitória de Edmundo González Urrutia nas presidenciais de julho.

A 28 de julho, o líder da oposição Edmundo González enfrentou Nicolás Maduro nas urnas, numa eleição presidencial que o bloco da oposição afirma ter ganho, de acordo com os resultados que diz ter recolhido, mas o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelo partido no poder, decretou a vitória de Nicolas Maduro.

Leia Também: Ex-presidentes pedem "restauração urgente da democracia na Venezuela"

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