"O cessar-fogo de que estamos a falar (...) deve-se sobretudo à pressão internacional. Isto mostra que a pressão está a dar frutos", disse Mustafa à margem de uma conferência na capital da Noruega.
Israel "tem de compreender o que está certo e o que está errado e que o poder de veto sobre a paz e o Estado palestiniano não será mais aceite ou tolerado", acrescentou em declarações aos jornalistas.
No Qatar, onde decorrem as conversações, fontes do Hamas disseram hoje à agência de notícias espanhola EFE que as principais questões para um cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza estão concluídas, mas que Israel ainda não entregou mapas específicos e uma data em que tropas vão retirar-se do enclave.
"Os israelitas e os norte-americanos querem que aceitemos a ideia geral de 'retirada das zonas povoadas' mas nós estamos a pedir mapas específicos e prazos para essa retirada", disse hoje a fonte do Hamas.
"Queremos garantias de que, após a terceira fase, o Exército [israelita] se terá retirado de toda a Faixa de Gaza", acrescentou.
De acordo com a mesma fonte, que falou sob condição de anonimato, as discussões estão agora a centrar-se na limitação da presença de soldados a 500 metros em determinados pontos ao longo da divisão durante as três fases do acordo.
Em contrapartida, Israel quer permanecer na chamada "zona tampão" - uma faixa de terra na qual todos os edifícios foram demolidos durante a guerra e que tem mais de 1,2 quilómetros de largura em Gaza.
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