"Por medo". Afilhado de Hitler escondeu-se no Congo e dedicou-se à Igreja

Influenciado, provavelmente, pela religião, aprendeu a perdoar e diz não odiar o seu pai, secretário particular de Adolf Hitler.

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Notícias ao Minuto
15/01/2025 12:23 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

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Nazi

O ABC partilha hoje a história de vários descendentes de pessoas ligadas ao Holocausto, revelando a postura que estas assumiram após o fim de um dos maiores massacres da História mundial.

 

Se por um lado, alguns mantiveram-se ao lado dos seus pares, defendendo até algumas das atrocidades cometidas, outros posicionaram-se contra, em alguns casos, contra os seus próprios pais. Ainda outros preferiram afastar-se, manter anonimato e até mudar de nome.

É o caso de Martin Adolf Bormann. Este nasceu em 1930, na Baviera, três anos antes de Hitler ascender ao poder. O seu pai era o secretário particular do ditador.

E neste caso, a diferença de Martim para os filhos de outros nazis, era o facto de que Hitler era seu padrinho. Martin herdou mesmo o segundo nome de Adolf, em homenagem ao padrinho, e cresceu numa escola onde eram difundidos os princípios do nazismo.

Notícias ao Minuto Martin Adolf Bormann© Getty Images/ Reiche/ullstein bild  

No final da Segunda Guerra Mundial, quando tinha apenas 15 anos, soube do papel decisivo do seu pai na Solução Final e optou por viver no anonimato. Foi então acolhido por uma família rural católica.

Martin Adolf abraçou o cristianismo, a mesma religião que o seu pai, em particular, e a sua família, em geral, tinham combatido ferozmente, com todas as suas forças. 

O afilhado de Hitler tentou compreender a aversão do pai e do padrinho à Igreja Católica, mas não conseguiu. Em 1947, decidiu ser batizado e, em 1958, depois de estudar com os jesuítas, foi ordenado padre.

O seu trabalho em prol daquele que tinha sido um dos grandes inimigos do nazismo foi mais longe e, em 1961, partiu como missionário católico para o Congo, onde permaneceu durante muitos anos no anonimato, escondido e envergonhado do passado da sua família. 

“Não odeio o meu pai. Aprendi a distinguir entre o indivíduo e o político e oficial nazi”, acabou por se justificar, talvez motivado por uma religião católica que o ensinou que devia perdoar.

Martin morreu em 2013.

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