"MPLA teve uma vitória eleitoral mas uma derrota politica"
Marques Mendes esteve atento às eleições em Angola e considera que não se deve "dramatizar" situação que se vive no país.
© Global Imagens
Mundo Marques Mendes
As eleições em Angola foram um dos temas que mais marcaram a semana, constando, sem surpresas, num dos pontos a serem abordados esta noite por Luís Marques Mendes, no seu espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC.
“Qualquer pessoa que gosta de Angola e acompanha estas matérias tem alguma preocupação”, começou por afirmar, considerando, contudo, que é uma “situação [que] não se deve dramatizar”.
Para Marques Mendes “tudo isto era previsível porque estas eleições estavam à partida sobre suspeita”, mas daí a achar que “o fantasma de 1992, que deu origem a uma guerra civil” se vai repetir, não vai acontecer, porque Angola “tem hoje uma realidade diferente”, defendeu.
O comentador considerou, ainda, que “os sinais de ultimas 24 horas são apaziguadores. Primeiro porque a CNE disse que estes não são resultados definitivos. E hoje, líder da UNITA diz que tem de fazer recontagem de deputados mas sem falar nos resultados finais [assumindo desta forma que o MPLA ganhou]”.
Para o advogado, "há uma pessoa que deve estar empenhada em que tudo corra bem – João Lourenço, porque se vai dirigir o país sob suspeita de qualquer erro, é um desastre”.
Por fim, o social democrata considerou que estas eleições tem dois vencedores, um eleitoral (o MPLA) e outro político (UNITA).
Marques Mendes lembrou que o MPLA tem a vitória eleitoral, tendo ganho na generalidade das províncias, mas com uma derrota na capital Luanda. “O MPLA está perder votos […] Neste quadro esta a ver o poder a fugir, eventualmente daqui a cinco anos”, disse referindo que MPLA teve uma vitória eleitoral mas derrota politica. “Já a UNITA – tem derrota a eleitoral, mas uma grande vitória politica”.
Para culminar, o comentador defendeu que "Angola precisa de um governo de unidade nacional, que unisse MPLA, UNITA e cidadãos independentes. Angola precisa de se reforçar internamente, [reforçar] a sua credibilidade internacional e dar um safanão na economia. Angola teve eleições livres mas a sua democracia tem ainda muito a percorrer".
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