As autoridades identificaram e acusaram 28 pessoas no âmbito de um ataque a um grupo de mulheres, em Tangshan, no norte da China. O momento, gravado e partilhado nas redes sociais, aconteceu há cerca de dois meses, e gerou uma onda de indignação no país, e a nível internacional.
De acordo com um comunicado partilhado na rede social chinesa Weibo, e citado pelo Guardian, há 28 pessoas - entre os quais 15 agentes - acusados neste caso. O documento não especificará, no entanto, sobre de que são acusados os 28 suspeitos.
Já os procuradores na província chinesa de Hebei, onde decorreu o ataque, disseram, esta sexta-feira, que tinham provas para avançar com os processos contra os suspeitos - sete dos quais estiveram envolvidos na agressão, que fez com que duas mulheres fossem transportadas para o hospital, e outras duas ficassem com ferimentos ligeiros.
BREAKING: 28 people including main suspect #ChenJizhi have been prosecuted in #Tangshan restaurant assault case while 8 police personnel were taken into custody for providing 'protection' to gangs. pic.twitter.com/EEjs2b5ec3
— BNN China (@BNNChina) August 29, 2022
O vídeo mostra um homem - que as autoridades identificaram como Chen - a colocar a mão por cima do ombro de uma mulher. Depois de ela o tentar afastar, o homem acabou por atacá-la, arrastando-a pelo restaurante e agredindo-a. De acordo com as autoridades responsáveis, citadas pela Televisão Central da China, esse suspeito "imprudentemente fez uso da violência para cometer o mal". De acordo com o Guardian, há 15 polícias detidos devido a corrupção e envolvimento com estes gangues.
Os agressores fariam parte de um gangue, e o incidente levou a que também fossem investigados cinco agentes que demoraram a agir. Também jornalistas locais que foram até ao local para acompanhar o caso dizem ter sido assediadas, intimidadas e detidas pelas autoridades.
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