"Estamos bem preparados para resistir ao uso extremo do gás da Rússia como arma. Não temos medo das decisões de Putin, pedimos aos russos que respeitem os contratos, mas se não o fizerem, estamos prontos para reagir", declarou Paolo Gentiloni à margem do Fórum Económico organizado pela Casa Europeia-Ambrosetti, em Cernobbio, no Lago Como, Itália.
A empresa russa de gás Gazprom divulgou na sexta-feira que o gasoduto Nord Stream, entre a Rússia ao norte da Alemanha e que deveria retomar hoje o serviço após uma interrupção de três dias para trabalhos de manutenção, ficará parado e inoperacional até que haja a reparação de uma turbina, sem avançar prazo para o efeito.
De acordo com analistas, Moscovo decidiu arranjar este pretexto para reagir à decisão anunciada na sexta-feira pelos países do G7 em limitar os preços do petróleo, atingindo assim os lucros da Rússia.
Por outro lado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse na sexta-feira que "estava na hora" de colocar um teto no preço do gás importado através do gasoduto da Rússia, apoiando assim uma solução defendida pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.
Na UE, "o armazenamento de gás está atualmente em cerca de 80%, graças à diversificação de fornecimento", embora a situação seja diferente de país para país, referiu Gentiloni.
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