O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinalou, este domingo, o primeiro aniversário da detenção de Nariman Celâl, vice-presidente do Congresso do Povo Tártaro da Crimeia, e afirmou que a bandeira ucraniana voltará a ser hasteada na península, ocupada pela Rússia. “Vamos fazer da Crimeia um dos melhores e mais confortáveis lugares da Europa”, prometeu.
O político e jornalista foi detido pelo FSB [Serviço Federal de Segurança da Federação Russa], juntamente com outros 50 ativistas tártaros da Crimeia. Este domingo, Zelensky frisou que Celâl “não cometeu quaisquer crimes” e que “a única coisa com que irritou os ocupantes foi a defesa do seu povo e do seu país - a Ucrânia”.
“A presença russa na nossa Crimeia transformou-a num dos lugares mais perigosos da Europa. E Celâl quis fazer tudo para mudar isto - devolver a vida normal à Crimeia, devolver a Ucrânia”, acrescentou.
Na sua comunicação diária ao país, o chefe de Estado afirmou ainda que acredita que “a bandeira ucraniana e a vida livre voltarão à Crimeia”.
“Iremos libertar todas as nossas terras, todo o nosso povo”, prometeu, acrescentando que “já estão a ser tomadas as medidas necessárias para tal”.
“Todos podem ver que os ocupantes já começaram a fugir da Crimeia. Esta é a escolha certa para todos eles. Vamos devolver a liberdade à Crimeia, a todo o nosso povo na Crimeia, vamos devolver a liberdade a qırımlılar [tártaros] e vamos, definitivamente, fazer da Crimeia um dos melhores e mais confortáveis lugares da Europa. A Crimeia merece isso”, afirmou.
Recorde-se que a Rússia anexou a região ucraniana da Crimeia em 2014, uma jogada que o Ocidente considerou ilegítima.
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