"O destacamento de um contingente de manutenção de paz e a saída dos militares russos pode ser uma das formas para a criação de uma zona de segurança na central nuclear de Zaporijia", afirmou Petro Kotine, responsável da Energoatom, citado pela agência Interfax-Ucrânia.
A proposta da entidade pública do governo de Kyiv que controla a energia nuclear foi anunciada um dia depois do apelo da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre a criação de uma "zona de segurança" capaz de impedir um acidente nuclear na central onde a situação foi considerada "insustentável" por causa dos bombardeamentos.
"O envio de um contingente de manutenção de paz dentro da central, em Energodar (localidade onde se encontram as instalações) e nas proximidades obriga a esforços diplomáticos por parte da ONU", referiu Kotine.
As forças de ocupação russas controlam a central nuclear desde o princípio do passado mês de março.
O local tem sido afetado por bombardeamentos pelos quais Moscovo e Kiev rejeitam responsabilidades.
Os reatores da central não foram atingidos mas existe um "risco elevado" de acidente grave, disse à France Presse, Karine Herviou, diretora-geral do Instituto Francês de Segurança Nuclear.
"O risco principal é a perda de abastecimento elétrico aos reatores" que pode travar o arrefecimento e provocar incidentes, alertou Herviou.
Na semana passada, uma equipa de 14 elementos da AIEA deslocou-se à central.
Rafael Grossi, chefe da agência das Nações Unidas disse que o local tinha sido danificado pelos combates.
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