"Unidades militares penetraram nas defesas inimigas por 50 quilómetros. Durante as operações ativas em direção a Kharkiv, mais de 20 localidades foram libertadas", explicou Oleksiy Gromov, um oficial ucraniano, durante uma conferência de imprensa.
Na noite de quarta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha anunciado avanços nesta região fronteiriça com a Rússia, cuja capital Kharkiv, a segunda maior cidade do país, resiste às tropas de Moscovo desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.
Zelensky assegurou ainda que, no sul do país, "em certas direções", o exército ucraniano "avançou profundamente nas defesas inimigas, entre dois e várias dezenas de quilómetros", dependendo do setor.
No Donbass, os soldados ucranianos avançaram igualmente dois e três quilómetros em redor das cidades que ainda mantêm sob controlo, Kramatorsk e Sloviansk, recuperando a localidade de Ozerne, que estava em posse dos russos, segundo Gromov.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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