Isabel II. Índia e Paquistão prestam homenagem a "guia inspiradora"

A Índia e o Paquistão prestaram hoje homenagem à Rainha Isabel II, que morreu esta quinta-feira aos 96 anos, sublinhando as suas grandes qualidades de liderança à frente da antiga potência colonial britânica.

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Lusa
08/09/2022 22:05 ‧ 08/09/2022 por Lusa

Mundo

Isabel II

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, declarou-se "condoído com o desaparecimento" da monarca que subiu ao trono em 1952, aos 25 anos, tornando-se a primeira soberana britânica a não ter reinado sobre o império das Índias, desaparecido em 1947, com o seu desmembramento e as independências da Índia e do Paquistão.

A soberana britânica foi "uma guia inspiradora para a sua nação e o seu povo", declarou Modi, expressando condolências à família real e aos súbditos britânicos.

O chefe do executivo indiano recordou que, num encontro entre ambos no Reino Unido, Isabel II lhe tinha mostrado um lenço que lhe fora oferecido por ocasião do seu casamento pelo herói da independência indiana, Mahatma Gandhi.

"Sempre apreciarei esse gesto", escreveu Modi na rede social Twitter, acrescentando que a monarca britânica, que visitou a Índia três vezes durante o seu reinado, "simbolizava a dignidade e a discrição na vida pública".

Arif Alvi, o Presidente do Paquistão, o segundo país (a seguir à Índia) mais populoso da Commonwealth, saudou a memória de "uma grande e benevolente líder".

"A sua morte deixa um imenso vazio e a sua memória ficará gravada em letras de ouro nos anais da História mundial", acrescentou.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, expressou, por sua vez, "sinceras condolências".

A Rainha Isabel II visitou o Paquistão duas vezes, em 1961 e 1997, quando o país festejava os 50 anos da sua independência do império britânico das Índias.

O Reino Unido é o principal parceiro económico do Paquistão e acolhe uma das suas maiores diásporas.

Também Ranil Wickremesinghe, Presidente do Sri Lanka, outro país membro da Commonwealth, apresentou "as suas mais sinceras condolências à família real e ao povo do Reino Unido".

Outros dirigentes de países da Commonwealth, como os caribenhos primeiros-ministros das Bermudas e de Dominica, lamentaram igualmente a morte da soberana britânica.

"A sua morte põe termo a um icónico reinado de 70 anos e é uma perda profunda para os países da Commonwealth e para o mundo", escreveu o primeiro-ministro da ilha de Dominica, Roosevelt Skerrit, na rede social Twitter.

Alguns minutos depois, o chefe do executivo das Bermudas, David Burt, emitiu um comunicado salientando que o reinado de Isabel II "se prolongou por décadas de tão profunda mudança para o Reino Unido e para o mundo".

Cinquenta e três países compõem a Commonwealth, organização que congrega Estados e territórios que integraram no passado o império colonial britânico, sendo Moçambique uma das exceções a esse critério de adesão.

Em abril de 2018, Isabel II pediu aos chefes de Estado da Commonwealth, reunidos na altura em Londres numa cimeira bianual, que elegessem o então príncipe herdeiro Carlos, como o seu sucessor na liderança daquela organização.

Leia Também: Isabel II. Boris Johnson diz que hoje é "o dia mais triste" do país

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