O deputado democrata norte-americano Raúl Grijalva morreu, esta quinta-feira de manhã, aos 77 anos, vítima de um cancro que lhe foi diagnosticado em abril do ano passado, revelou o gabinete que o representava no Congresso dos Estados Unidos, citado pelos órgãos de comunicação social do país.
No ano passado, quando soube o diagnóstico, Raúl Grijalva afirmou que era "difícil de processar".
O político foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos em 2002 e ficou conhecido por defender o meio ambiente ao longo da carreira parlamentar.
"A natureza gentil e humilde do deputado Grijalva era conhecida por muitos. Era acessível a todos porque acreditava que as pessoas deveriam ser tratadas como iguais. Adorava dar presentes, tocar música no seu escritório e conhecer as pessoas por aquilo que elas são", pode ler-se no comunicado divulgado pelo gabinete de Grijalva.
Grijalva chegou a presidir à Comissão de Recursos Naturais da Câmara de Representantes dos Estados Unidos e foi o principal democrata dessa comissão até ao início deste ano.
Nos últimos meses esteve ausente do Congresso para se submeter ao tratamento contra o cancro.
"Desde a proteção permanente do Grand Canyon para as gerações futuras até ao reforço do Affordable Care Act (legislação para aumentar a cobertura de cuidados de saúde), os seus momentos de maior orgulho no Congresso foram sempre guiados pelas vozes da comunidade", afirmou o gabinete na mesma nota.
Segundo congressista democrata a morrer na última semana
Outro membro democrata da Câmara, Sylvester Turner, do Texas, morreu na semana passada devido a problemas de saúde.
Os republicanos detêm uma maioria estreita na câmara baixa do Congresso desde as últimas eleições.
Esta maioria tornou-se ainda mais apertada com a abertura de duas vagas na sua bancada - primeiro Matt Gaetz, que não tomou posse por ter sido a primeira escolha do Presidente Donald Trump para procurador-geral, e depois Mike Waltz, designado conselheiro presidencial.
Gaetz viria a retirar-se do processo de nomeação devido a obstáculos no Senado face a problemas legais e éticos levantados, levando Trump a avançar com uma segunda escolha, Pam Bondi, também do estado da Florida, mas ex-procuradora.
A escassa maioria republicana na câmara baixa do Congresso, com importantes votações em curso como a da lei que prolonga o financiamento da administração pública e agências federais, tem atrasado o processo de nomeação da congressista Elise Stefanik (R-NY) para embaixadora de Trump na ONU.
Com a morte de Grijalva e Turner, os democratas passam a ter 213 congressistas para 218 republicanos.
As vagas dos dois republicanos serão preenchidas numa eleição especial no próximo mês e as dos democratas deverão ser agendas em breve.
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