A desflorestação de agosto é a segunda maior da série histórica que começou a ser contabilizada em 2016, ultrapassada apenas em Agosto de 2020, quando foram desflorestados 1.714 quilómetros quadrados.
Os dados correspondem à medição mensal efetuada pelo Instituto Nacional de Investigação Espacial (Inpe) com base na análise de imagens de satélite, embora os dados oficiais sejam conhecidos em novembro.
Os alertas de desflorestação entre 01 de janeiro e 31 de agosto aumentaram 18,5% em comparação com os primeiros oito meses de 2021, com um total de 7.135 quilómetros quadrados devastados.
Segundo os alertas do Inpe, a Amazónia também registou os seus piores incêndios desde 2010, em agosto, com um total de 33.116 identificados na maior floresta tropical do mundo.
"Os dados mais recentes sobre desflorestação e incêndios na Amazónia confirmam infelizmente que teremos um ano com registos trágicos no bioma", disse Mariana Napolitano, chefe da ciência na WWF, citada numa declaração.
As organizações ambientais culpam o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, pela devastação da Amazónia, que flexibilizou os controlos ambientais, promoveu a exploração económica do ecossistema e reduziu o orçamento dos organismos de supervisão.
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