Governo guineense decide vender peixe diretamente à população

O Ministério das Pescas da Guiné-Bissau decidiu passar a vender o peixe diretamente à população, em vez de ser através de comerciantes que "exageravam no preço", anunciou o diretor-geral da Pesca Industrial da Guiné-Bissau, Alfredo Malu.

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Lusa
09/09/2022 18:58 ‧ 09/09/2022 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

Malu disse, numa conferência de imprensa, que nos últimos dias agentes do Ministério têm depositado peixe nos principais mercados de Bissau, permitindo que a população compre o produto "a preços aceitáveis".

O diretor-geral da Pesca Industrial explicou que as 'bideras' (mulheres que se dedicam, entre outras atividades, ao comércio do peixe) compram o produto no Ministério das Pescas a preços que variam dos oito mil e os 12 mil francos CFA (cerca de 18,29 euros) por caixa, e vendem-no pelo "dobro do valor".

"Esta situação acaba por encarecer a preços exagerados o peixe no mercado. O novo ministro das Pescas [Orlando Viegas] achou isso inaceitável e propôs medidas", observou Alfredo Malu.

A direção do Ministério das Pescas, ao receber um carregamento de 79 toneladas de peixe, fornecidas por uma empresa chinesa que mantém um acordo com o Governo da Guiné-Bissau, deu instruções no sentido de o produto ser vendido diretamente à população.

Alfredo Malu adiantou que cada pessoa pode comprar o máximo de cinco caixas de peixe.

"Dantes tínhamos situações em que uma 'bideira' comprava até 15 caixas de peixe e que vendia por preços exorbitantes", notou o diretor geral da Pesca Industrial que fala na "satisfação geral da população" com a nova medida.

 Alfredo Malu aproveitou a conferência de imprensa para rebater as críticas dos guineenses em como as 'bideiras' compram o pescado da Guiné-Bissau no Senegal para o abastecimento do mercado interno.

O responsável do Ministério das Pescas admitiu a crítica, mas explicou que a lei guineense impõe que qualquer navio com licença para pescar no mar do país devia descarregar 100% da sua captura em Bissau.

"Acontece que nós não temos capacidade de armazenamento do pescado que possa ser capturado nas nossas águas, daí que os armadores façam a descarga no Senegal", observou Alfredo Malu.

O diretor-geral da Pesca Industrial indicou estar prevista a inauguração, dentro de 60 dias, de uma câmara frigorífica com capacidade para armazenar 600 toneladas de pescado.

Leia Também: Portugal disponível para ajudar Guiné a realizar as primeiras autárquicas

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